PLAY ESTAÇAO REGGAE

Antônio José, o Lobo


Como definir uma pessoa que revolucionou o reggae no Maranhão? Talvez não seja uma tarefa fácil, mas podemos resumir em talento, atitude e muita humildade. Não tenha dúvida que esses atributos tornaram um jovem “DJ” em um dos maiores mitos da história do reggae no Maranhão.
Antônio José Pinheiro Silva, o Lobo, como também era conhecido, nasceu no dia 17 de setembro de 1970 em Ariquipar, povoado de Bequimão. Se estivesse vivo, tinha 41 anos de idade. De repente, estaria tocando ao lado dos seus irmãos “Ronald Pinheiro” e “Paulo Henrique” na radiola Estrela do Som.
Seu jeito peculiar de comandar as festas foi fundamental para tamanho reconhecimento dos regueiros da capital. Sua história atravessou gerações, e não é à toa essa grande fama. Ele tinha o dom de envolver o público com a sua sequência – o que poucos conseguem atualmente. Entre suas performances incluíam-se cantorias e improvisos em cima de canções, como por exemplo, “Reggae Machine” de Willie Lindo (conhecida como Menina Linda), “Time” de Akabu e “Djambala” de Dirty Harry & Bobby Ellis. Conseguiu encarar o público de frente, interagiu com as pessoas com o microfone nas mãos. Segundo minhas pesquisas, posso afirmar que boa parte das músicas lançadas por ele são tocadas até hoje nos clubes e casas alternativas de reggae do Brasil!
Antônio José era uma pessoa simples, estava sempre de bem com a vida. Começara bem moleque tocando no Clube Quilombo, tendo como professor o radialista e DJ Tony Tavares – Tocava tudo: Reggae, lambada, discoteca, entre outros gêneros musicais. “Foi um excelente aluno… não tinha problema com ninguém. Ele conseguiu deixar sua marca registrada nos corações da massa regueira”, disse Tony Tavares.
Fatalmente, no dia 17 de setembro, sofreu um acidente automobilístico quando retornava de uma festa. No dia seguinte, o carro do Corpo de Bombeiros percorreu as ruas de São Luís levando-o até o cemitério Jardim da Paz, no Maiobão. Por onde passou, foi saudado por inúmeras pessoas que lhe davam o último adeus. Não era prefeito, jogador de futebol ou artista de TV! Era simplesmente um DJ de reggae; profissão árdua que aos poucos vem sendo reconhecida em São Luís.
De fato, nós DJ’s temos uma pequena herança do querido imortal. Desde sua morte, dezenas de “Antônios” surgiram na “Capital do Reggae”. Seus feitos também foram fundamentais para à construção da nossa identidade como Jamaica Brasileira.
Boas lembranças jamais poderão ser esquecidas… Saudades do Lobo, Antônio José.

4 comentários:

  1. esse sim posso dizer q era o melhor,tive o privilegio de conviver com essa fera,saudades do eterno imortal "o lôbo"como ele dizia "cruzando os céus na velocidade certa da musica estrela do som a poderosa.

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  2. pessoas do reggae como antônio josé & carlos ninas é que mostraram paixão pelo um idealisma e isso lembra a historia do rei & rastafary Robert Nest marley (bob marley)
    dorinaldo2011@hotmail.com

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  3. QUEM NÃO CURTIU "O LOBO" NÃO SABE NADA DA HISTORIA DO REGGAE NO MARANHÃO.

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